Shaun of the Dead



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Oy!
Hoje já é sexta-feira - a semana passou rápido - e estou novamente aqui para uma dica.
Mortos-vivos estão bem em alta hoje em dia, mas dessa vez estou trazendo para vocês um filme de zumbi não muito convencional.

Enjoy!

SHAUN OF THE DEAD: Criatividade sangrenta em uma crítica social.


Shaun of the Dead
Tradução: Todo Mundo Quase Morto
Ano: 2004
Direção: Edgar Wright
Roteiro: Simon Pegg e Edgar Wright
Origem: Reino Unido

É sobre o quê?

É uma paródia inglesa dirigida por Edgar Wright na qual ele satiriza e ao mesmo tempo presta uma homenagem aos filmes clássicos do segmento "Apocalipse Zumbi" do cinema.

Shaun (Simon Pegg) é um exímio perdedor. Está à beira de seus 30 anos, trabalha em uma loja de eletrodomésticos, ainda não realizou nada de importante e acabou de ser largado por sua namorada Liz (Kate Ashfield). Ele mora com o seu melhor amigo Ed (Nick Frost), um imprestável que passa o dia inteiro jogando videogame e está sempre atrasando a vida de Shaun.
É vital que vocês fiquem em casa. Não tentem encontrar familiares e evite contato físico com os agressores.
Você ainda acredita em tudo que ouve na televisão?



Eu gostei de:

Shaun of the Dead (2004) certamente um dos meus filmes favoritos do gênero. Desde a primeira vez que eu o assisti, foi amor à primeira vista. Tanto que eu até costumava a apresentá-lo nas minhas aulas de inglês. Sim eu era um professor legal que passava filmes de zumbi para os meus alunos.

A intenção dele é bem clara: uma produção para não ser levada a sério. Edgar Wright - diretor e roteirista de Scott Pilgrim vs. the World (2010) - conseguiu com sucesso fazer algo divertido, que não perde o fôlego e repleto de uma criatividade sangrenta e um humor negro extremamente polido, típico estilo britânico.

O que mais me chama a atenção neste longa é a crítica social abordada. Essa crítica talvez não seja tão perceptível pois o humor se sobressai. Mas desde a abertura, é mostrada várias cenas rotineiras da vida dos ingleses: alguns deles nas ruas, nos pontos de ônibus, trabalhando nos caixas de supermercado....todos vivos, mas com expressões vazias nos rostos, alienados, apáticos e realizando suas atividades do dia-a-dia de forma mecânica, assemelhando-se a mortos-vivos. 
Para interpretá-los, prestem atenção no rosto: uma expressão vazia com um toque de tristeza. Como um bêbado que acabou de perder uma aposta.



Também há várias sequências de cenas extremamente engraçadas, como o momento em que todos eles fingem que estão mortos para passar pela horda de zumbis e o trecho em que eles usam discos de vinil como arma. 
Mas a mais divertida e mais icônica, na minha opinião, é quando está tocando Don't Stop Me Now da banda Queen na Jukebox enquanto eles dão porrada no dono do bar Winchester. É nessa passagem que também percebemos a incrível trilha sonora.

Esta produção também abriu várias portas para outras do mesmo gênero, como Zumbilândia (2009) por exemplo, mas que para mim não chega nem aos pés de Shaun of the Dead (2010)
- Eu não vou ficar aqui.
- David, não vá, é suicídio!
- Então eu acho que você deveria ir.


Eu não gostei:

Não é novidade e não é de hoje que os títulos no Brasil recebem traduções deploráveis e Shaun of the Dead (2004) não escapa dessa maldição. Eu até me recuso a usar a versão brasileira que é "Todo Mundo Quase Morto”. 

Para quem não sabe, o título original é usado como referência e uma brincadeira ao clássico Dawn of the Dead (1978) - O Despertar dos Mortos - criado pelo gênio George A. Romero.
Por isso, acho essa tradução até uma falta de respeito e pouco atrativa. Se eu o visse em uma locadora, por exemplo, nunca me chamaria atenção pois para mim soa muito como um besteirol americano enlatado.
- O que aconteceu com a sua mão, cara?
- Fui assaltado voltando para a casa e fui mordido por alguns fumantes de crack ou algo do tipo.
- Por que eles te morderam?
- Como vou saber? Não parei para perguntar!
Vale a pena? Vou gostar?

Vale muito a pena, mas não acho que vai agradar a todos.

Você tem que curtir bastante o gênero para entender as referências, pois é um filme que tira sarro de si mesmo e de seus próprios clichês com toques de humor negro, o que não é todo mundo que gosta.

Fica aqui minha recomendação e vejo vocês semana que vem!


Trailer:


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