360



0 comentários
Hey!
Essa semana eu queria ter trazido algo de diferente a vocês para fugir um pouco das resenhas/críticas. Porém, como este filme é um lançamento que vale a pena, foi impossível não fazer um texto sobre ele.
“Lançamento”, pois sua estreia mundial foi em outubro de 2011, mas como parece que o Brasil não fica no mundo, ele só foi lançado por aqui sexta-feira passada (17/08).

Não sei se ele está em exibição em todo o Brasil na minha cidade não está porque eu moro no fim do mundo, mas já tem para download
Então, se for possível, aproveite o final de semana para assisti-lo, pois nada substitui as telas do cinema.

Aline e Hannibal Lecter - Tenho certeza que você nunca imaginou ver uma imagem dessas na vida, huh?

360: A alinearidade fria de Fernando Meirelles.


360
Tradução: 360
Ano: 2011
Direção: Fernando Meirelles
Roteiro: Peter Morgan
Origem: Reino Unido

É sobre o quê?


É um conjunto de histórias paralelas, com personagens distintos e em lugares diferentes.

Os elementos presentes são: duas garotas da Eslováquia, uma à beira da prostituição; um casal desgastado pelo distanciamento e tempo de relacionamento; uma brasileira que abandona seu namorado após traição; um jovem em liberdade condicional, preso por abuso sexual; um senhor em busca de sua filha desaparecida; um integrante da máfia russa e seu motorista; além de outros personagens que compõem a trama, mas que estão todos, de alguma forma, ligados uns aos outros.
Um sábio uma vez disse: Se há uma bifurcação na estrada, pegue-a. 
Ele só esqueceu de mencionar qual estrada pegar.  
Eu gostei de:   

A forma de como o roteiro conecta todas as histórias é excelente e muito bem arquitetada. Por isso, não vou entrar em detalhes quanto ao filme como um todo, porque eu teria que explicar cada história individualmente para ser possível a interpretação da ligação entre eles. Mas isso acabaria com toda a experiência de assistí-lo.

Mas vou dar os meus highlights:

Gostei muito das duas primeiras personagens, as irmãs vindas da Eslováquia. Não sei se é porque eu já fui à Eslováquia e peguei o MESMO ônibus Vienna - Bratislava NA MESMA estação que elas, mas a produção já me ganhou desde o início. Além delas serem aquele tipo de personagem que você gosta, mas fica pensando: "Vai acontecer merda com elas, certeza....".
Acabei de conhecer um cara bonitinho e sai com ele, nunca fiz esse tipo de coisa antes. Mas só se vive uma vez, quantas chances teremos?


Também tenho que comentar sobre o melhor segmento deste longa: Anthony Hopkins, Ben Foster e Maria Flor (♥).
John (Anthony Hopkins) é um simpático senhor que está viajando para identificar um corpo que possivelmente seria de sua filha desaparecida. No avião, ele conhece Laura (Maria Flor), uma brasileira que após traição, abandonou seu namorado na Inglaterra e está voltando para o Brasil.

A amizade que os dois desenvolvem é bem sincera e realmente lembra muito aquelas ocasiões em que você conhece uma pessoa interessante durante uma viagem e quando cada um toma seu respectivo caminho, você fica com aquele sentimento: "Ela é tão legal, pena que nunca mais a verei na vida". 
Depois de tudo o que eu fiz, e se eu não conseguir mudar? 
Será um choque para mim do lado de fora com toda aquela tentação e distração. 


Quando chegam em Denver, destino da escala aérea dos dois, os voos são cancelados devido à uma tempestade de neve e todos ficam presos no aeroporto. É nesse momento que Laura conhece Tyler (Ben Foster), um ex-detento acusado de abuso sexual que acaba de ser solto e está em liberdade condicional, mas ainda em fase de adaptação. Essa para mim é a melhor parte pois de um lado temos Laura, tentando seduzir Tyler para superar seu problema de auto-estima por ter sido traída e, de outro, um ex-presidiário tentando resistir à tentação para se recuperar e ajustar-se à sociedade.

Toda a produção é de uma fotografia muito bonita e a direção um pouco fria, mas acho que Fernando Meirelles conseguiu exprimir o real sentido de distanciamento emocional entre os personagens. Também é um longa que preza muito a cultura e identidade de cada nacionalidade, muito evidente na trilha sonora que é diferente em cada país/personagem retratado.
A reza mais curta e poderosa do mundo, meu amigo, é: Foda-se.

Eu não gostei:

Muitas histórias, muita gente, pouco clímax.

Tramas com muitos personagens entrelaçados são realmente difíceis de se realizar, eu realmente gosto muito desse tipo de abordagem, mas sempre há um erro muito pertinente: a falta de profundidade. Faltou AQUELE ponto principal que ligasse todas histórias para o filme fazer sentido.

Na verdade, esse eixo principal existe, mas não é tão evidente assim....

Todos os atores estão excelentes! Além dos citados acima, temos também Jude Law, Rachel Weisz, Juliano Cazarré, Jamel Debbouze, Moritz Bleibtreu, entre outros cujas interpretações foram incríveis, mas muito mal aproveitadas. São muitos para serem explorados e no final acaba que cada história se torna um pouco superficial e você não consegue desenvolver muito uma identificação maior com os personagens.
Há uma corrente inquebrável de bifurcações na estrada. Poderia ter sido tudo diferente se uma pessoa nessa estrada aqui tivesse pegado uma bifurcação diferente?

Vale a pena?  Vou gostar?

Sinceramente, eu gostei bastante. Por mais que o roteiro seja bem deficiente, conseguiu me prender do início ao fim devido ao carisma dos personagens e seus dramas. Então, vale a pena! Não é o melhor do ano, mas de alguma forma, conseguiu me cativar inteiramente. Se você gosta de histórias que se interligam, que mostram diversas culturas e idiomas, esta é perfeita para você!

Muita gente, quando for assistir, vai pensar: "O filme enrola, enrola, mas não sai do lugar".
Só tenho algo a dizer: O título é "360".

Também tenho outro adendo: MARIA FLOR, Y SO PERFEITA?!? 
Espero vê-la em outros papéis em Hollywood novamente.


Trailer:


0 comentários:

Postar um comentário

newer post older post