Fãs de Fringe, eu sei o sofrimento de vocês, desejo tudo de bom e eu sei que o final da série foi muito bem feito. Agora vamos falar de coisa boa e parar com a choradeira!
Eu sei, é um assunto muito doloroso. |
O
Médico e o Monstro chegou a TV em uma nova versão, pelo menos é isso que a NBC
tentará fazer em Do No Harm. O que para alguns foi um piloto recheado de
suspense, para outros foi só um episódio com buracos no roteiro.
O
Médico e o Monstro é um livro de ficção científica escrito pelo escocês Robert Louis Stevenson e publicado originalmente em 1886. É uma apresentação vívida do
fenômeno de múltiplas personalidades. Na Inglaterra a história fez tanto
sucesso que “Jekyll e Hyde” virou uma expressão para indicar quando uma pessoa
age de diferentes formas em uma situação. Jekyll, um médico bonzinho que na
procura de uma cura para a loucura testa em si mesmo uma substância química que
liberta o mal que existe no interior do ser. Nascendo a personalidade Mr. Hyde.
Muito se foi criado a partir desta história, já ganhou seriados de TV no Reino Unido e em filmes como A Liga Extraordinária e Van Helsing – O Caçador de Monstros, na música, no teatro e até em jogos.
Muito se foi criado a partir desta história, já ganhou seriados de TV no Reino Unido e em filmes como A Liga Extraordinária e Van Helsing – O Caçador de Monstros, na música, no teatro e até em jogos.
E
para esta temporada a NBC traz para o público, Do No Harm. A história de um
excelente neurocirurgião (o que me atraiu a assistir a série) Dr. Jason Cole
(Steven Pasquale) enfrenta Transtorno Dissociativo de Identidade. Um assunto
sério que já foi tratado, e muito bem por sinal, na série United States of Tara
(com a ótima atriz Tony Collete).
No
piloto descobrimos que Jason Cole mantém adormecido seu alter-ego Ian Price há
cinco anos a base de uma droga experimental. Ian aparecia durante 12 horas no
dia de Jason, a partir das 20h25min ele já muda de personalidade, com o remédio
ele apaga e nada acontece. Mas na noite de seu aniversário, o remédio deixa de funcionar. Corte de cena do olho do médico para
ele acordando de manhã em uma cama cheia de mulheres nuas e o seu braço
marcado. Em alguns segundos, perturbado com o que aconteceu e no lugar em que
se encontra, ele tem flashes de memória de Ian.
Steven Pasquale já atuou em Six Feet Under, Up All Night e outras séries e filmes. |
Ian
Price volta para se vingar do médico, cinco anos adormecido o deixou furioso.
Muitas dúvidas e poucas respostas! Foi assim que falaram no Box de Séries, e concordo.
No episódio piloto muita trama é apresentada, alguns mistérios clichês e
personagens que um dia poderão ser essenciais para o futuro de Do No Harm, ou
não.
David Schulner é o roteirista que assume o risco de fazer uma série tão complexa. No
episódio faltam alguns pontos no roteiro, a sua estrutura merece um reforço e tirar
toda a pedância que carrega. Sim, pedância. Contudo, ela pode ser viciante, eu
espero. O ator principal consegue fazer uma coisa incrível com o olhar que
diferencia Jason de Ian, são poucos atores que conseguem fazer isso, deixar de
lado uma marca.
Você
vai gostar?
Talvez
sim, talvez não. Digo aqui, se você está esperando uma série médica, com muito
sangue, pessoas chorando e gente bonita usando uniformes, pode esquecer e
continuar com ER, House, Grey’s Anatomy, Scrubs e outras porque Do No Harm não
é uma série médica. Se você curte um mistério, cenas de suspense, ação dosadas
na medida certa, a série é pra você.
O
que ela precisa para melhorar:
-
O roteiro precisa ser mais trabalhado, nada muito cult ou complicado, apenas
deixar de ser cru como está no piloto. Consertar os buracos já é um bom começo.
-
O elenco dar uma melhorada. E urgente! Steven Pasquale até dá para aturar como
principal, mas os outros são um pouco fracos. O Dr. Arden de American Horror
Story: Asylum, James Cromwell, fará participações em três episódios como mentor
de Jason e que esconde alguns mistérios.
- O tema tem muito para ser explorado, imagine
só uma pessoa com duas personalidades totalmente diferentes sendo que uma delas
quer destruir a outra. Roteiristas prestem atenção, não são necessárias muitas
tramas para os outros personagens. A trama principal tratada de maneira certa
dará sucesso à série.
O piloto foi divulgado na internet, só que a
sua exibição será dia 31 de janeiro nos Estados Unidos. A trilha sonora é
ótima, toca Black Keys ( e olha que não sou muito fã mas Lonely Boy ficou na
minha cabeça por algumas horas) e Rolling Stones.
Agora resta esperar e ver o que será da série,
eu particularmente quero que continue até eu saber de alguns mistérios, quando
resolverem algumas coisas aí sim ela pode ser cancelada. Pena que nos seriados
quase nunca é assim.
Até!
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